O empilhamento ou stacking é a técnica para configuração de diversos switches em um único switch lógico. Todos os equipamentos serão visualizados como uma única “caixa”, aumentando a disponibilidade da rede. Nesse vídeo demonstramos a configuração do IRF em switches 3Com, HP baseados no Comware.
Essa semana troquei alguns emails com o Samuel Alencar de Fortaleza/CE, sobre a configuração de um IRF em Switches HP 5500 (JG543A) utilizando o módulo traseiro com interfaces CX4 (JD360B).
Ele foi bastante gentil em compartilhar com o Blog o script final da configuração. Aproveitem!
CONFIGURAÇÃO DO SWICTH A
PASSO 0
<HP> reset saved-configuration
<HP> reboot
! reinicie o switch e não salve a configuração.
PASSO 3
[HP] irf member 1 priority 32
[HP] int tengigabitethernet 1/1/1
[HP –Ten-GigabitEthernet1/1/1] shutdown
[HP] irf-port 1/1
[HP – irf-port] port group interface tem 1/1/1
[HP] int TenGigabitEthernet 1/1/1
[HP –Ten-GigabitEthernet1/1/1] undo shutdown
[HP] irf-port-configuration active
[HP] save
CONFIGURAÇÃO DO SWICTH B
PASSO 1
! Desconecte os cabos do IRF
<HP> reset saved-configuration
<HP> reboot
! reinicie o switch e não salve a configuração.
PASSO 2
[HP] irf member 1 renumber 2
[HP] quit
<HP> reboot
PASSO 4
[HP] irf member 2 priority 31
[HP] int tengigabitethernet 2/2/2
[HP –Ten-GigabitEthernet2/2/2] shutdown
[HP] irf-port 2/2
[HP – irf-port] port group interface tem 2/2/2
[HP] int TenGigabitEthernet 2/2/2
[HP –Ten-GigabitEthernet2/2/2] undo shutdown
[HP –Ten-GigabitEthernet2/2/2] quit
[HP] irf-port-configuration active
[HP] save
! Reconecte os cabos e se o switch não reiniciar automaticamente, digite
! o comando 'irf-port-configuration active'.
[HP]quit
<HP>reboot
Esses dias durante a implantação de Switches HP 5900 em 2 diferentes Datacenters, configurei o IRF dos Switches de duas maneiras diferentes, mas ambas utilizando 4 portas 10Gb:
No Datacenter A a configuração de IRF entre os Switches foi executada com duas irf-port em cada Switch enquanto no Datacenter B a configuração de IRF foi executada com apenas uma irf-port por Switch.
Datacenter A:
irf-port 1/1
port group interface Ten-GigabitEthernet1/0/1
port group interface Ten-GigabitEthernet1/0/2
#
irf-port 1/2
port group interface Ten-GigabitEthernet1/0/3
port group interface Ten-GigabitEthernet1/0/4
#
irf-port 2/1
port group interface Ten-GigabitEthernet2/0/3
port group interface Ten-GigabitEthernet2/0/4
#
irf-port 2/2
port group interface Ten-GigabitEthernet2/0/1
port group interface Ten-GigabitEthernet2/0/2
#
[5900-DC-A]display irf link
Member 1
IRF Port Interface Status
1 Ten-GigabitEthernet1/0/1 UP
Ten-GigabitEthernet1/0/2 UP
2 Ten-GigabitEthernet1/0/3 UP
Ten-GigabitEthernet1/0/4 UP
Member 2
IRF Port Interface Status
1 Ten-GigabitEthernet2/0/3 UP
Ten-GigabitEthernet2/0/4 UP
2 Ten-GigabitEthernet2/0/1 UP
Ten-GigabitEthernet2/0/2 UP
Datacenter B:
irf-port 1/2
port group interface Ten-GigabitEthernet1/0/1
port group interface Ten-GigabitEthernet1/0/2
port group interface Ten-GigabitEthernet1/0/3
port group interface Ten-GigabitEthernet1/0/4
#
irf-port 2/1
port group interface Ten-GigabitEthernet2/0/1
port group interface Ten-GigabitEthernet2/0/2
port group interface Ten-GigabitEthernet2/0/3
port group interface Ten-GigabitEthernet2/0/4
#
[5900-DC-B]display irf link
Member 1
IRF Port Interface Status
1 disable -
2 Ten-GigabitEthernet1/0/1 UP
Ten-GigabitEthernet1/0/2 UP
Ten-GigabitEthernet1/0/3 UP
Ten-GigabitEthernet1/0/4 UP
Member 2
IRF Port Interface Status
1 Ten-GigabitEthernet2/0/1 UP
Ten-GigabitEthernet2/0/2 UP
Ten-GigabitEthernet2/0/3 UP
Ten-GigabitEthernet2/0/4 UP
2 disable --
Encaminhamos as seguintes questões para o time de HPN:
– Qual a diferença na prática entre os 2 cenários?
– Qual dos dois seria o mais recomendado?
Recebemos a seguinte recomendação:
De fato esta pergunta é muito comum, pois como criamos duas portas virtuais IRF (x/1 e x/2), sempre existe esta dúvida no caso de implementação de um par de switches. Bem, para um par de switches, não existe diferença lógica das duas implementações e também não existe benefícios de uma ou de outra, como o exemplo abaixo destas configurações:
A diferença realmente ocorre quando você precisa configurar três ou quatro unidades, pois neste caso você precisa criar uma topologia em anel, conforme o desenho, e isso requer a configuração das portas 1 e 2 devidamente conectadas:
Contudo, novamente, para um par de switches não tem diferença.
O protocolo IRF v2 permite o “empilhamento” de Switches modulares e empilháveis, trazendo inúmeras vantagens como redundância, facilidade no gerenciamento, etc.
Como citado em outros posts, um dos problemas que o IRF pode trazer ocorre quando há uma quebra do Link 10G que mantém o IRF ativo, chamado de SPLIT. Cada caixa ira agir como se fosse o MASTER do IRF, duplicando alguns serviços e trazendo diversos conflitos na Rede.
O MAD é uma das formas para os Switches do Stack detectarem o SPLIT no IRF colocando o Equipamento com o maior Member ID do IRF (não Master) em modo Recovery, bloqueando assim todas as suas portas.
Uma das técnicas para detecção do SPLIT é com é com a utilização do protocolo BFD, criando uma VLAN somente para gerenciamento do IRF com um IP primário e secundário para comunicação do protocolo e um meio físico para conexão das “caixas” (fibra ou UTP) independente da comunicação do IRF.
Configuração
A configuração abaixo deverá ser aplicada somente no Switch com o IRF versão 2 formado.
#
Vlan 900
#
interface Vlan-interface900
description Monitoracao IRFv2 (MAD + BFD)
mad bfd enable
!Ativando o MAD + BFD
mad ip address 192.168.0.1 255.255.255.252 member 1
! Configurando o IP do Switch “1”
mad ip address 192.168.0.2 255.255.255.252 member 2
! Configurando o IP do Switch “2”
#
Obs: cada Switch deverá ter uma porta na VLAN 900 para comunicação do BFD.
As interfaces não participarão do STP.
Comandos Display
[S7500] display madMAD LACP enabled.
Comando display após SPLIT do IRF no Switch não Master
[S7500]display mad verbose
Current MAD status: Detect
! Em caso de SPLIT o Switch não-Master exibiria o status como Recovery
Excluded ports(configurable):
Excluded ports(cannot be configured):
Ten-GigabitEthernet1/8/0/1
Ten-GigabitEthernet1/9/0/2
Ten-GigabitEthernet2/8/0/1
Ten-GigabitEthernet2/9/0/2
MAD LACP disabled.
MAD BFD enabled interface:
Vlan-interface900
mad ip address 192.168.0.1 255.255.255.252 member 1
mad ip address 192.168.0.2 255.255.255.252 member 2
Uma das coisas bacanas da utilização do IRF é a possibilidade de transformarmos diversos Switches físicos em um único Switch lógico facilitando o modo de gerenciamento. Todos os equipamentos serão visualizados como uma única “caixa”. Na versão 2 do protocolo é possível efetuar o Stacking utilizando links de 10G ( como por exemplo fibra, cabo CX4, etc).
Uma das features que podem ser utilizadas nesse cenário é a utilização de Link Aggregation distribuído (Ditribuited Link Aggregation) entre os equipamentos do IRF com Switches de acesso (sem configuração adicional no Link Aggregation).
Se um Switch empilhado apresentar algum problema, como por exemplo, problemas elétricos, o(s) outro(s) Switches serão capazes de permitir a continuidade do encaminhamento em Camada 2 e 3 (incluindo processos de Roteamento Dinâmico).
Porém, um dos problemas que o IRF pode trazer é quando ocorre uma quebra do Link 10G que mantém o IRF ativo, chamado de SPLIT. Cada caixa ira agir como se fosse o MASTER do IRF, duplicando alguns serviços e trazendo diversos conflitos na Rede.
Multi-Active Detection (MAD)
O MAD é uma das formas para os Switches do Stack detectarem que houve o SPLIT no IRF colocando o Equipamento com o maior Member ID do IRF (não Master) em modo Recovery, bloqueando assim todas as suas portas.
Após restaurado o Link do IRF as portas serão vinculadas novamente o Stack e ao seu estado normal de encaminhamento.
Uma das formas utilizadas pelo MAD para detecção de falha é utilizando uma extensão do protocolo LACP ( Link Aggregation). No TLV do protocolo é inserido o ID do Switch membro do IRF. Nesse caso os Switches da outra ponta do Link Aggregation, encaminham de forma transparente os LACP’s para os Switches Membros do IRF.
Como no exemplo acima, se não há SPLIT no IRF, todas mensagens serão geradas pelo ID do MASTER.
Em caso de quebra do SPLIT as mensagens serão geradas com o ID de cada equipamento e nesse caso o bloqueio das portas do não-Master.
Após detecção as portas bloqueadas do IRF pelo LACP com MAD.
Configuração
A configuração abaixo deverá ser aplicada somente no Switch com o IRF versão 2 “já ativo”.
[S7500]interface bridge-aggregation 1
!Criando a Interface Bridge-Aggregation 1
[S7500-Bridge-Aggregation1] link-aggregation mode dynamic
! Ativando a troca do protocol LACP no Link Aggregation
[S7500-Bridge-Aggregation1] mad enable
! Ativando a extensão MAD no protocol LACP
[S7500-Bridge-Aggregation1] quit
[S7500] interface gigabitethernet 1/3/0/2
[S7500-GigabitEthernet1/3/0/2] port link-aggregation group 1
!Adicionando a interface ao Link Aggregation 1
[S7500-GigabitEthernet1/3/0/2] quit
[S7500] interface gigabitethernet 2/3/0/2
[S7500-GigabitEthernet2/3/0/2] port link-aggregation group 1
!Adicionando a interface ao Link Aggregation 1
[S7500-GigabitEthernet2/3/0/2] quit
Obs: Os switches de acesso conectados ao IRF pelo Link Aggregation não necessitam da configuração do MAD. Mas o fabricante sugere que esse Switch seja um equipamento H3C.
“Requires an intermediate switch, which must be an H3C switch that supports the extended LACP.”
Comandos Display
S7500] display madMAD LACP enabled.
Comando display após SPLIT do IRF no Switch não Master
[S7500]display mad verbose
Current MAD status: Recovery
! Switch não-Master em modo recovery após perceber o SPLIT no IRF
! (bloqueando todas as portas)
…………………………
MAD enabled aggregation port:
Bridge-Aggregation1
Obs: o modo Recovery também permite excluímos algumas portas para que continuem em estado de encaminhamento. Há também um segundo modo de utilizar o MAD para detecção de SPLIT utilizando o Protocolo BFD.
O IRF é uma tecnologia que permite transformarmos diversos Switches físicos em um único Switch lógico. Todos os equipamentos serão visualizados como uma única “caixa”, aumentando a disponibilidade da rede.
Uma das facilidades da versão 2 é a possibilidade de utilizarmos interfaces 10G para a construção IRF (sem a necessidade de cabos ou módulos específicos ) e a utilização de Switches Modulares para construção da topologia.
Configuração
A configuração do IRF é dividida nos passos abaixo ( utilizaremos[Sw1] e [Sw2] antes dos comandos para diferenciarmos os dispositivos):
1º Converta os 2 Switches no modo IRF
[Sw1]chassis convert mode irf ! Convertendo o Switch 1 no modo IRF
[Sw2]chassis convert mode irf ! Convertendo o Switch 2 no modo IRF
Após a conversão dos Chassis para modo IRF, reinicie os Switches. Os equipamentos subirão com a configuração dos módulos como 1/2/0/1 ( para a porta antes exibida na configuração como 2/0/2; e assim por diante)
2º Renumere o Segundo Switch
[Sw2]irf member 1 renumber 2 ! Forçaremos as portas do Switch 2 para exibirem no formato 2/2/0/x
Reinicie o Switch
3º Altere a prioridade do Switch Master
[Sw1]irf member 1 priority 32 ! O Switch com maior prioridade será eleito o Master ( por default a prioridade de todos os Switches será 1)
4º Deixe as portas 10G que participarão do IRF em shutdown.
[Sw1] interface Ten-GigabitEthernet1/3/0/2 [Sw1-Ten-GigabitEthernet1/3/0/2] shutdown ! Configurando a porta 10G 1/3/0/1 do Switch 1 em shutdown
[Sw2] interface Ten-GigabitEthernet2/3/0/2 [Sw2-Ten-GigabitEthernet2/3/0/2] shutdown ! Configurando a porta 10G 2/3/0/1 do Switch 2 em shutdown
5º Crie a interface lógica para o IRF
[Sw1] irf-port 1/2 ! Criando a interface lógica IRF 1/2 [Sw1-irf-port 1/2] port group interface Ten-GigabitEthernet1/3/0/2 mode enhanced ! Adicionando a porta 10G 1/3/0/2 do Switch 1 na interface IRF no modo enhanced
[Sw2] irf-port 2/1 ! Criando a interface lógica IRF 2/1 [Sw2-irf-port 2/1] port group interface Ten-GigabitEthernet2/3/0/2 mode enhanced ! Adicionando a porta 10G 2/3/0/2 do Switch 1 na interface IRF no modo enhanced
Obs: O fabricante sugere a configuração das portas IRF em modo cruzado, como por exemplo, a porta IRF 1/2 do Switch 1 conectado na porta IRF 2/1 do Switch 2
Após removermos a porta do Switch 2 participante do IRF do shutdown, será exibida a seguinte mensagem:
IRF merge occurs and the IRF system needs a reboot.
Salve a configuração dos 2 Switches e reinicie o Segundo Switch ( o dispositivo não-Master). Espere os módulos subirem e os Switches tornarem-se um só! Display
Para verificar o IRF podemos utilizar os comandos abaixo
[SW1]display irf configuration
MemberID NewID IRF-Port1 IRF-Port2
1 1 disable Ten-GigabitEthernet1/3/0/2
2 2 Ten-GigabitEthernet2/3/0/2 disable
[SW1]display irf topology
Topology Info
---------------------------------------
IRF-Port1 IRF-Port2
Switch Link neighbor Link neighbor Belong To
1 DIS -- UP 2 00e0-fc0a-15e0
2 UP 1 DIS -- 00e0-fc0a-15e0
O protocolo IRF v2 permite o “empilhamento” de Switches modulares e empilháveis (stackable), trazendo inúmeras vantagens como redundância, facilidade no gerenciamento, etc.
O IRF pode trazer problemas quando há a quebra do Link 10G que mantém o IRF ativo, essa quebra é chamada de SPLIT. Quando um equipamento percebe que o Master não está respondendo ele assume as suas funções, e nesse caso, com os 2 equipamentos funcionando, ocorrerá a duplicação de alguns serviços e trazendo diversos conflitos na Rede(lembrando que apenas a fibra que sincroniza as informações para o IRF foi danificada).
Publicamos alguns posts no blog com a configuração de proteção para que os equipamentos percebam quando ocorre um SPLIT e bloqueiem um dos equipamentos colocando-o em estado de Recovery, deixando todas as portas inutilizáveis.
É possível utilizar features como BFD e o LACP para monitoração do IRF v2 e escolher algumas interfaces mais críticas para continuarem encaminhando no caso de falha no cabo que conecta o IRF.
Um detalhe importante a ser percebido é que após a correção do SPLIT (com reparo do cabo 10G danificado) o Switch que estava em estado de Recovery reiniciará automaticamente para efetuar o merge (junção) novamente no IRF. Segue abaixo as saídas após a quebra do IRF
[Switch]
#May 29 04:12:18:253 2000 Switch IFNET/4/INTERFACE UPDOWN:
Trap 1.3.6.1.6.3.1.1.5.3: Interface 11796529 is Down,
ifAdminStatus is 1, ifOperStatus is 2
%May 29 04:12:18:254 2000 Switch IFNET/3/LINK_UPDOWN:
Ten-GigabitEthernet1/0/50 link status is DOWN.
System is busy with VIU configuration recovery, please wait a moment...
[Switch]disp mad verbose
Current MAD status: Recovery
Excluded ports(configurable):
Excluded ports(can not be configured):
Ten-GigabitEthernet1/0/50
MAD ARP disabled.
MAD LACP disabled.
MAD BFD enabled interface:
Vlan-interface10
mad ip address 192.168.1. 1 255.255.255.252 member 1
mad ip address 192.168.1. 2 255.255.255.252 member 2
! Após reconectarmos as portas do IRF o Switch reiniciará automaticamente
%May 29 04:13:55:028 2000 Switch STM/6/STM_LINK_STATUS_UP:
IRF port 2 is up.
Essa semana gostaria de compartilhar alguns links interessantes sobre o IRFv2 e a visão da HP para a utilização a tecnologia. Infelizmente todo o material está em inglês, mas serve como uma boa referência para uso do protocolo:
O ultimo link é de um blog com foco em Cisco do Ivan Pepelnjak e segue como referência de uma visão critica sobre o protocolo e ajudar a entender diferentes maneiras de visualizar o mesmo cenário. Sugiro também a leitura dos comentários efetuados no post que ajudam a enriquecer ainda as inumeras opiniões:
A HP disponibilizou um Guia para integração de Switches da Serie A utilizando IRFv2 com BladeSystem utilizando o Vitual Connect[Virtual Connect and HP A-Series switches (A5820) IRF Integration Guide].